Blog dedicado ao trabalho de campo feito no final do mês de setembro e início do mês de Outubro. trabalho de campo realizado no PETAR pelos alunos do ensino médio do externato são josé de Atibaia.
blog sob organização dos alunos do segundo ano médio " a" >> Caio Valderrama, Rafael Akutagawa, Kamila Marques e Laís Joffre!
esperamos que apreciem

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

fotos das cavernas

CAVERNA SANTANA

estalagmites e estalactites, formações rochosas calcárias







rocha com forma de cavalo

rocha com forma de tartaruga

formação rochosa com formato de cabeça de macaco

formação rochosa similar a pata de elefante

CAVERNA DA ÁGUA SUJA


CAVERNA DO ALAMBARI DE BAIXO










fotos

QUILOMBO


local de estocagem das bananas produzidas

Artesanato dos quilombolas



Bananas, cultura praticada pela comunidade para subsistencia


                                                         casa de farinha

riacho rumo a caverna santana


TRILHA DO BETARI


Caichoeira


domingo, 14 de novembro de 2010

Cavernas

    Nem todas as cavernas do Petar são abertas à visitação e mesmo assim, as que são abertas possuem áreas de uso intensivo (qualquer visitante pode ir), uso extensivo (nem todos podem ir, somente com uma prévia autorização da direção do parque) e uso restrito (totalmente fechadas à visitação). Isso faz com que o número excessivo de visitas não degradem esse rico e frágil ambiente.

Caverna Santana

 A caverna Santana é a mais bonita caverna da região por suas diversas formações. Considerada no meio espeleológico uma das mais ornamentadas do Brasil, com mais de 5000 metros é considerada a 2ª maior caverna turística do estado de São Paulo.
Localizada no Núcleo Santana do PETAR é a mais visitada do Estado de São Paulo. Rica em formações e labirintos é constituída por uma malha de galeria em três níveis, depois em apenas duas sobrepostas, por onde escoa o rio Roncador. Parte desta caverna é de fácil acesso, com escada de madeira e pontes construídas nos pontos de difícil travessia. Outra só pode ser visitada com a ajuda de guias altamente especializados. Por fim, uma terceira parte é acessível somente a especialistas e com autorização prévia.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda sinalizada, que leva após 1,2 Km à área de estacionamento do parque. Ali existem placas indicativas para chegar na caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.
(Fonte: Wikipédia)

Caverna da Água Suja

A Caverna Água Suja fica no Petar a 1500 metros do posto dos guias é uma das mais impressionantes cavernas do parque, são 1600 metros (ida e volta) de muita emoção e ainda uma cachoeira no seu interior que impressiona com sua beleza.
Localizada no Núcleo Santana do PETAR, esta caverna é composta essencialmente de um rio subterrâneo, que recebe dois afluentes. Sua entrada tem teto bastante alto e aproximadamente 10m de largura. Seguindo-se a galeria do rio. O caminho dificulta-se pelo teto baixo, onde se deve tomar cuidado com súbitas enchentes.
Acesso: junto ao Km 21 da estrada que liga os municípios de Apiaí e Iporanga, sai uma variante à esquerda, sinalizada, que leva após 1,2 Km à área do estacionamento do parque. Do estacionamento segue-se uma trilha acompanhando o curso do rio Betari, com trechos bastante íngremes. Depois de 1300m encontra-se um acesso de mais 50m à direita que leva a essa caverna. Visita somente com autorização. Cobrança de ingresso no Núcleo.

Caverna  Alambari De Baixo

   Uma caverna muito linda, que nos proporciona diversos tipos de aventura. O que mais marca, é a travessia que se tem que fazer na montanha. Com a água, somente no trecho final, na altura do pescoço.
    O “aventureiro” em questão, sentirá a adrenalina bater forte, quando sentir a água se aproximando da garganta, e sentindo o chão cada vez mais longe dos pés.
É uma aventura sem igual que a natureza nos proporciona e nos faz perceber, por menos que seja, o quanto é importante preservar... J


as cavernas que fomos são formadas por rochas calcárias

Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonatos, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados em rios, lagos e no subsolo (cavernas).
No caso do calcário quimiogénico, a formação é em meio marinho: a calcite (CaCO3), é um mineral que se pode formar a partir de sedimentos químicos, nomeadamente íons de cálcio e bicarbonato:
Cálcio + Bicarbonato → CaCO3 (calcite) + H2O (Água) + CO2 (dióxido de carbono)
Isto acontece quando os meios marinhos sofrem perda de dióxido de carbono (devido a forte ondulação, ao aumento da temperatura ou à diminuição da pressão). Deste modo, para que os níveis O calcário é uma rocha sedimentar que contém minerais com quantidade acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). A sua origem pode ser biológica ou orgânica (acumulação de restos de conchas, corais, etc.) e química (precipitação de carbonato de cálcio). Quando o mineral predominante é a dolomita, a rocha calcária é denominada calcário dolomítico. de dióxido de carbono que se perdeu sejam repostos, a equação química começa a evoluir no sentido de formar CO2, o que leva também a formação de calcite e assim à precipitação desta que, mais tarde, depois de uma deposição e de uma diagénese dá origem ao calcário.
A coloração do calcário passa do branco ao preto, podendo ser cinza claro ou cinza escuro. Muitos calcários apresentam tons de vermelho, amarelo, azul ou verde dependendo do tipo e quantidade de impurezas que apresentam.
Do ponto de vista morfológico, elas oferecem tipos de relevo importantes, por causa da fácil dissolução do carbonato de cálcio que, sob a ação do ácido carbônico existente nas águas de circulação, forma cavidades como sumidoros, rios sumidos, dolinas e grutas. Além dos cursos subterrâneos existe, paralelamente, um lento derrame de água com calcário dissolvido que, com a evaporação das gotas suspensas, dá início a um trabalho construtivo e gera o aparecimento dos espeleotemas. As estalagmites, as estalactites, as colunas, as cascatas, as cortinas e os travertinos são as formas de ornamentação espeleológica mais encontradas.

PETAR

Parque Estadual do Alto Ribeira, o chamado PETAR. está localizado na região sul do estado de são paulo entre as cidades de Apiaí e Iporanga.
o parque tem uma das maiores extensões preservadas de Mata Atlâmtica,  e também uma das maiores concentrações de cavernas do mundo juntamente com um monte de cachoeiras.
O PETAR tem mais ou menos 36.000 hectares.  A presença das cavernas com a Mata Atlântica preservada faz com que o visitante possa conhecer vários ambientes.
O parque recebe por volta de 2.600 turista na época do verão, e aproximadamente 1500 no período do inverno. Este turismo na maioria das vezes é devido a escolas e faculdades, indo ao parque como forma de trabalho de campo.
No PETAR dá pra praticar desde exploração de cavernas, Rapel em Abismos até Bóia Cross nas águas cristalinas do Rio Betari.
O PETAR tem os “Núcleos” para a visitação turística: Núcleo Santana, Núcleo Ouro Grosso, Núcleo Casa de Pedra e Núcleo Caboclos. Os mais freqüentados são o Núcleo Santana e o Núcleo Ouro Grosso.
Nós ficamos no núcleo santana, que é o principal núcleo do PETAR. fica no vale do rio Betari e tem diferentes roteiros de visitação tais como a caverna de Santana,




a trilha do Betari (Caverna Água Suja, Torre de Pedra e cachoeiras do Betarizinho e Andorinhas) e a trilha do Morro-Preto Couto (Gruta do Morro-Preto, cachoeira do Couto e Caverna do Couto). Suas trilhas são de fáceis acessos e está localizado bem perto do Bairro da Serra - Iporanga, onde encontram-se a maioria das pousadas e campings do PETAR Também é muito utilizado pelas escolas em atividades de Estudo do Meio.


como  a maioria é area da Mata Atlântica preservada ,mais ou menos uns 80%, existem espécies de animais em extinção, como araras, micos, onças pintadas, tatus, e varias outras espécies de aves, mamiferos e repteis.


No interior das cavernas, a falta da luz faz com que existam uma fauna específica nesse ecossistema, como o peixe albino e sem olhos, conhecido como bagre-cego. ainda também os diversos insetos e aracnideos que residem nas cavernas.


por causa da mata preservada, o PETAR tem uma flora vasta e rica, com espécies de matas virgens, causa do bom estado de conservação das matas, podemos encontrar o palmito-juçara, que são considerados espécies-chave na cadeia alimentar dos animais na Mata Atlântica, sendo responsável, por causa do grande numero de frutos que produz, pela alimentação de vários animais na floresta.Grande parte de sua extração não é legalizada, e tem desaparecido das matas não protegidas.


ainda relacionado a flora, a preservação da região permite que espécies típicas de matas íntegras sobrevivam, como canelas, cedros, figueiras, jatobás, bucúvas, etc. 


 Importante também no equilíbrio da floresta, é a grande variedade de Epífitas (bromélias, orquídeas, lianas), que que se estendem nos troncos e copas de árvores, servindo de "casa" para vários tipos de invertebrados e anfíbios, que alimentam grande parte da fauna regional.
exemplo de bromélia ( clicar para ampliar)


em relação a fauna,temos exemplos como a onça-pintada, o mono-carvoeiro ou muriqui e o gavião-real ou harpia. Por volta de 30 outras espécies de vertebrados tão na lista dos que estão "quase" extintos, como a rara ave marialeque, a ágil lontra e o cágado, entre outros...
exemplo de Harpia ( clique para ampliar)


Nas cavernas a flora é inexistente, já que a falta de luz não permite que ocorra a fotossintese. menos na boca da caverna onde a luz ainda é existente.

a fauna nas cavernas existe, com espécies adaptadas a viverem apenas nestes ambientes ( escuros ou totalmente sem luz), como os troglóbios como o bagre-cego ou o grilo cavernícola, entre outros, ou dependentes dela, os troglófilos como algumas espécies de morcegos. e alguns insetos e vermes.
Bagre cego (cique para ampliar)


exemplo de morcego em caverna (clique para ampliar)

Quilombos

O povoamento se intensificou no século XVII, quando foi descoberto ouro na região e começaram a acontecer incursões de mineradores em algumas localidades. A mão-de-obra negra escrava foi introduzida no local para sua utilização na mineração, o que aconteceu principalmente na segunda metade desse século


 origem das comunidades quilombolas do Vale do Ribeira remonta a essa época, que é anterior à abolição da escravidão. Há notícias de comunidades de negros livres na região no início do século XVIII, formadas por ex-escravos libertos dessa condição em função do declínio da atividade mineradora.

Durante os séculos XVIII e XIX, existiam na região do Vale do Ribeira negros livres, pequenos agricultores de suas próprias terras, e negros escravos, trabalhando nas fazendas dos grandes senhores.



Com a abolição da escravatura, os antigos escravos também permaneceram na região, ocupando terras desvalorizadas com o fim da mineração ou formando comunidades em terras doadas pelos antigos senhores.

As atuais comunidades de remanescentes de quilombo do Vale do Ribeira têm sua origem nos negros que de diversas formas resistiram e alcançaram a condição de camponeses autônomos, constituindo grupos com cultura singular.



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o quilombo visitado durante a viagem ao PETAR, foi o Quilombo Ivaporunduva.
O Quilombo de Ivaporunduva esta localizado no Município de Eldorado São Paulo, na SP 165, Eldorado/Iporanga, às margens do Rio Ribeira de Iguape. Composta por aproximadamente 80 famílias, a Comunidade de Ivaporunduva tem uma população de aproximadamente 308 pessoas.


A sobrevivência dessas famílias é conseguida com o cultivo tradicional de: arroz, mandioca, milho, feijão, verduras e legumes para uso próprio. Para o consumo e geração de renda produzem banana orgânica e artesanato e recebem grupos escolares para turismo (como foi o nosso caso).

clique para ampliar
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As crianças frequentam a escola municipal da comunidade que vai até a quarta série, para as séries superiores precisam percorrer um trajeto de 6 km, o transporte é fornecido pela prefeitura, até a Escola Estadual Maria Antonia Chules Princesa, que a pouco tempo começou um trabalho de educação diferenciada, isso na Comunidade André Lopes. Para cursar o ensino médio,as pessoas vão a escolas no bairro de Itapeúna, que fica a 30 km, ou na cidade de Eldorado localizada a 45 km de distância. O ensino superior só é acessível em Registro ou São Paulo.


 A comunidade tem um posto de saúde, onde toda semana um médico e uma enfermeira atendem as pessoas; Para exames ou tratamentos mais específicos, as pessoas precisam ir para o hospital na cidade. 
"O Telecentro Comunitário, com acesso à internet e oito computadores, trouxe a inclusão digital para crianças, jovens e adultos, facilitando a gestão da associação, pesquisas escolares, serviços diversos e comunicação em geral."

sábado, 13 de novembro de 2010

Vale do Ribeira




O Vale do Ribeira está situado na região sul do estado de São Paulo e ao leste do estado do Paraná.
Tem uma área de aproximadamente 2.830.666 hectares e abriga uma população de aproximadamente 481.224 habitantes!  31 municípios estão integrados em sua região ( 9 paranaenses e 22 paulistas), dentre eles: Cananéia, Eldorado, Ilha Comprida, Iporanga e outros...


O Vale do Ribeira Abriga 61% da Mata Atlântica que ainda resta no Brasil, grande parte dessa mata preservada está localizada em parques como no Parque Estadual Intervales, Parque Estadual Carlos Botelho, Estação Ecológica de Xitué, Parque Estadual Turistico do Alto Ribeira (PETAR), Parque Estadual Jacupiranga e Zona de Vida Silvestre da APA da serra do mar que juntos formam um grande trecho que mata atlântica preservada e protegida.

(Mapa-1930-Iguape-Canal-do-Valo-Grande-artigo-Sud-Mennucci)


O Vale do Ribeira foi inicialmente ocupado no começo do século16, com a fundação de Cananéia e Iguape por colonizadores espanhóis e portugueses.Cananéia e Iguape funcionavam como cidades estratégicas por causa de seus portos que facilitavam a entrada de mercadorias que chegavam através do Rio Ribeira de Iguape e os seus afluentes.

No século 17 após a descoberta de ouro na Serra de Paranapiacaba houve um impulsionamento do desenvolvimento na região, fazendo com que muitos garimpeiros fossem ao local atraídos pelo ouro. 

Na época, a população negra era maior do que a branca, sendo assim a principal mão de obra no Vale do Ribeira; muitas das construções feitas, foram por mão de obra escrava assim temos com exemplos: Igrejas, monumentos, cemitérios e outras construções...



Por causa da mineração de ouro  deu-se o surgimento de várias cidades no Vale do Ribeira, muitas dessas cidades como Apiaí surgiram pela migração de garimpeiros em busca da novidade na região, o ouro!


No século 18 houve o abandono da região do Vale do Ribeira por parte dos garimpeiros isso porque receberam a notícia que o estado de Minas Gerais possuía abundância em ouro. por causa da escassez do ouro na área, a agricultura que era subsistência passou a ter maior valor na região. a partir de então como começa a possuir maior experiência naval, a região passa construir embarcações para todo o país.

a partir do século 17 podemos citar os ciclos econômicos que giraram em volta do vale do ribeira: a exploração de ouro, e de alguns outros minérios até pouco tempo, e as culturas do arroz, do café, do chá e da banana. esses ciclos tornaram o vale do ribeira um fornecedor de recursos naturais, e isso por um baixo custo; E são "explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente".



segundo a  Sebrae:  "o Vale do Ribeira atualmente se caracteriza pela grande concentração de pequenas propriedades, com até 50 hectares". 
A principal cultura utilizada atualmente é a da banana, seguida da carne bovina, do tomate e da tangerina. A economia da região também produz arroz, milho e atividade pesqueira na parte litorânea.


Riqueza ambiental com baixo IDH
Em contrapartida aos ricos patrimônios ambiental e cultural, o Vale do Ribeira apresenta os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados de São Paulo e Paraná, e  inclui os mais altos índices de mortalidade infantil e de analfabetismo.
A população local também não possui alternativas econômicas adequadas ao desenvolvimento sustentável da região. Esse quadro é agravado por sua proximidade de dois importantes centros urbanos e industriais – São Paulo e Curitiba – e ainda por recentes investimentos em obras de infra-estrutura, tais como: a duplicação da Rodovia Regis Bittencourt (BR-116); as propostas de construção de usinas hidrelétricas no rio Ribeira de Iguape e as propostas de transposição de bacias a fim de desviar água da região para São Paulo e Curitiba.
Tudo isso ameaça transformar o Vale do Ribeira em fornecedor de recursos naturais de baixo custo, explorados sem qualquer respeito ao patrimônio ambiental e cultural e sem geração de benefícios para a população residente.